sexta-feira, novembro 18, 2016

O Sentido da Luta

Sempre foi inerente ao ser humano lutar.
Esta prática não é atual, acho até que os humanos dependendo do espaço em que habitam têm se mantido de certa forma acomodados. Acho até que a própria forma de vida tem contribuído para tal. Desde criança que já se treina para a acomodação e para a falta de decisão.
Quando se coloca um pequeno de dois anos diante de uma televisão para assistir, ou melhor para que não dê trabalho, já se está treinando pessoas para o silêncio e para a imobilização. Quieto, calado é cômodo, não incomodará ninguém, mas poucos percebem que involuntariamente está repassando para a vida aquilo que o sistema capitalista quer e espera do mundo para que não haja incômodo a sua forma selvagem de treino para a dominação.
Como se reproduz involuntariamente o que se espera sem sobrepor nossas ações à reflexão! Diante disso, é que temos de analisar o que somos, como somos e o que estamos a fazer. Será que não estamos perdendo o nosso espaço? E o verdadeiro sentido da vida? Afinal não nascemos para ficar esperando que tudo a nossa volta se resolva sozinho. Faz-se necessário lutar, embora saibamos que luta exige determinação e acima de tudo coragem.
Vamos à luta?  O tempo urge. É agir ou calar para sempre.

terça-feira, outubro 18, 2016

Meu Giff

A vida muitas vezes
parece giffs.
É movimentada, mas
é sempre um mesmo
movimento.
É repetida, porém termina sem sair do lugar.
Tudo igual.
Tudo na mesma medida...
E assim, vivemos fazendo giffs.

terça-feira, julho 05, 2016

Recuperação de nota ou psicológica?

 Era segunda feira. Desde antes avisara pelo whatsApp que OS ESTUDANTES fariam provaS de recuperação. Eu deveria aplicar a avaliação lá, na sala dele. Entretanto, por motivo de coincidência de horário tive que aplicar em outra turma após organizar a sala e distribuir as provas.
Tudo transcorreu normalmente na sala em que apliquei. Terminada a tarefa, me pus a recolher as atividades da primeira nota, em seguida toca para o final das aulas.
Almocei, Elaborei a chave de correção e iniciei a correção. Foi aí que vieram as surpresas.
Quando já corrigira o quarto gabarito, deparo-me com um estranhamente rabiscado. O que era aquilo? Pus-me a analisar, a fazer uma leitura das imagens que se compunham de linguagem verbal e não verbal.
Resultado de imagem para revolver 38
Confesso que a princípio não entendi muita coisa, a não ser que ali se encontrava um revólver segurado por uma mão, por sinal,  muito mal desenhada. Depois dirigi meu olhar para a caricatura que a segurava: uma mulher de cabelos crespos, brincos grandes e um  um detalhe relecionado à marca da blusa. Logo próximo à arma, umas palavras  que não consegui ler.
Também havia ainda compondo a ilustração, umas siglas e algumas letras em forma de grafite. De repente pensei: seria aquilo uma ameaça? Ele já era acostumado a tentar intimidar professores e colegas de turma. Alguns até maiores que ele. Outro fato é que o referido não realizava nenhuma atividade, mas adquirira o hábito de contestar se não tivesse notas boas.
Após toda essa divagação tinha um colega próximo a mim e socializei o episódio mostrando-lhe aquele gabarito. Ele ficou surpreso e passou para os demais professores, inclusive ao diretor que tirou uma cópia. Todos acharam que as siglas era de facções do bairro e eu deduzi que o aluno poderia estar querendo me intimidar.
Até aí tudo bem. Porém no momento de recolher as atividaes para a primeira nota, nevamente ele me aborda querendo me forçar a colocar notas em atividades fantasmas. Mostrou-se revoltado e acabei indo embora sem nem olhar mais as atividaes dos colegas. Entendi que deveria evitar qualquer conflito.
A verdade é que o corpo docente sempre conjectura que ele possa vir a ser um perigo e mal exemplo para a escola. Porém uma pergunta fica no ar? Recuperar a nota não trouxe um indicativo de que ele precisa de recuperação psicológica? Se é que ainda é possível, porque segundo informações ele é envolvido com projetos perigosos. É um adolescente em situação de risco. É frio, violento e gosta de chamar atenção. E o pior, intimida a turma.
Segundo um psiquiatra que conheci, quando alguém procura refúgio nas drogas já é indício de que precisa de ajuda psiquiátrica.
Honestamente, não consigo entender o que leva alguém a se considerar superior dstruindo a si mesmo, prejudicando aos que estão a sua volta, enfim, se aprisionando ao invés de se libertar!
O que está havendo mesmo com estes estudantes que entram no mundo do crime já tão jovens? De uma coisa tenho certeza: É necessário urgentemente recuperar o ser humano, principalmente estes adolescente em situação de  risco hoje, caso contrário, em breve serão incontáveis os profissionais do crime.