domingo, maio 11, 2014

Perda de mães , sofrimentos para os filhos

Nossa escola tem uma história de inúmeras vitória, porém esse ano recebeu o tétrico legado de sofrer duas grandes perdas: duas grandes mães que partiram para a Pátria espiritual: de onde viemos e para a qual retornaremos um dia.
Perdemos nossa grande amiga NININHA, rainha do lar do nosso colega e amigo Valdir e nossa digníssima amiga, gestora e mãe Fátima.
Esta última como mãe, amiga, protetora dos humildes, dos desesperados, dos tristes e dos desvalidos, a mãe de nosso EREM Cônego Olímpio Torres necessitou  deixar-nos libertando-se da penitenciária terrenas, mas também  temos certeza de que mesmo desgastado pela debilitada saúde não queria partir, porque mãe não foge,  ela fica até o fim com os seus pimpolhos.
Sua Perda é insubstituível! Conseguiu elevar a escola de uma média insignificante ao resultado máximo de ficar na 3ª colocação entre as 1115 escolas do Estado no Pacto pela Educação. Esse é reconhecidamente o resultado de muita persistência e destemor, pois é necessário coragem para exigir e se indispor com muitos, pois como mãe, dela, nunca alguém guardou rancor.
EH, Maria de Fátima, como seria bom que tivéssemos aprendido teus ensinos!
Já debilitada pelos problemas físicos jamais deixaste de esboçar um sorriso de otimismo, de força e coragem de viver,  bem como de acreditar nas potencialidades de todos estes teus filhos que conseguiste  elencar.
Os filhos de Fátima eram infinitos. Eram os funcionários, os alunos, os pais e mães de alunos, o esposo, os filhos biológicos e adotivos que tinha sobre sua guarda, seus cunhados, e até aqueles que não conseguiu conquistar, no entanto aprendeu o que Jesus ensinou, amar sempre, perdoar sempre, porque em seu coração havia abrigo para todos. Se isso acontecia era porque não era apenas mãe:
Era abrigo de luz, de paz, de amor de vida!
É difícil  tecer elogios sobre Fátima porque nenhum adjetivo seria suficiente para caracterizar sua grandiosidade, ela foi aprendiz de Jesus e Maria e conseguiu praticar o que absorveu. Por isso, nesta noite festiva em homenagem a todas as mães  digo o contrário: Não durmas em paz, Fátima, como todos dizem, porém vivas em paz e acordada, pois tua vida não foi para dormir, mas para trabalhar e construir o que certamente continuarás a edificar onde estiveres o mesmo monumento do amor que aqui iniciaste.

Parabéns, mães! Parabéns Fátima, pelo  vosso dia e muito obrigada por nos ter assumido como teus filhos.

Às Mães





Mãe é a estrela guia no universo da vida;
É também acusada de culpada universal pelos desvios cometidos pelos  filhos!
Como são injustiçadas!
Quão incompreendidas são estas estrela!
Digo estrelas, porque elas são permanentes,
Eu jamais poderia chamá-las de cometas, porque eles passam e nunca se sabe quando voltam.
Mas mãe, não! Mãe é diferente! Ela permanece conosco na vida e na morte.
Na vida a nos guiar os passos;
Na morte, nas lembranças de cada flor que tocou,
 de cada sangue que estancou,
 em cada exemplo que demonstrou
 e em cada conselho que ensinou.
 E, se na sua ausência infringirmos suas orientações corremos os riscos de amargarmos pelo resto da vida o peso da consciência culpada.

Parabéns, mães!Pois vocês são abrigo de luz, de paz, de amor e de vida!

quinta-feira, maio 08, 2014

Silenciando Minha Alma

Após á inebriante leitura do texto Escutatória do autor Rubem Alves, na sala de aula fizemos um exercício de cinco minutos de silencio: O terceiro A e eu.
Resolvemos oferecer um mínimo de silencio as almas. A minha, coitada,  já tão atormentada por gritos estridentes a me chamarem, por vozes professorais a explanar matérias! Porque, afinal acordo aula, almoço aula, durmo aula, vivo aula. Minha alma desacostumara-se do silêncio.
A princípio o exercício foi difícil, o silencio não se fazia, nem fora nem dentro. Era um arrastar de pés, um batuque de dedos nas carteiras, um que levanta-se para tomar água, uma troca de lugar, mas enfim o silêncio se fez.
Como que por encanto um gorjeio de pássaros ensaiou uma sonata na natureza, aí me dei conta de havia natureza e que a vida não só era feita de aulas! Aquele som atravessou-me os tímpanos como um feixe de luz atravessa uma fechadura e vai refletir no fundo do quarto escuro. Minha alma estava escura. não consegui ver mais nada! Quanto tempo não ouvia os pássaros? Tão bitolada me encontrava nesse universo perverso de desrespeito, preconceito, autoritarismo, falta de amor,  solidariedade, de alegria e  ausência de atenção? Só ouvia a voz da escola, mas minha alma pedia outra, a da harmonia, da sinceridade, da união infalível daquela orquestra tão natural, tão espontânea, tão feliz. Que só me foi possível apreciar esvaziando a alma, silenciando-a.
A natureza! Essa amiga mão me salvou!Despertou-me para ver o que já nem conseguia, tão envolvida estava pelo  materialismo selvagem, escravocrata  que me oprimia a alma e que me fizera esquecer o resto do mundo.
Acordei...
É. Rubem Alves tem razão,  o silêncio expulsa todas as ideias estranhas à espera do pensamento essencial.E este veio através do silêncio que ofertei a minha alma,cujo exercício me permitiu renascer para a vida que jazia fora de mim. Uma já pobre morta viva!

terça-feira, abril 22, 2014

Onde Andarão?



Aqueles que eu amei,
Que com meus desvelos elogiei,
E que a nenhum desprezei?
Não se perderam no infinito da ingratidão, certamente
Porque um dia eu lhes sugeri 
A não plantarem o que não desejavam colher.
Sei que alguns se perderão nesse mar e sede de poder...
Mas sei ainda, que muitos não se deixarão corromper
porque a ideia, uma vez plantada, jamais de perderá.

sexta-feira, abril 04, 2014

FÁTIMA















De Bosco Arruda

Maria de Fátima Bante,
Tua missão foi cumprida,
Teu pedido a gente fez,
Tua carta foi lida,
Deste a vida pela escola,
Foste pra cova sem vida.

DONA FÁTIMA














Egito Siqueira

Forte mulher que trabalha!
A cada passo, é eterna;
Tropeça, cai, se levanta;
Incansável se sustenta;
Mãe que é filha de Jesus,
A fé em Deus te alimenta.

quinta-feira, abril 03, 2014

EREMCOT HOMENAGEIA GONZAGÂO










De Egito Siqueira

EREM Cônego Olímpio Torres
Faz sua apresentação
Asa Branca, Assum Preto
E o Pássaro Carão
No tempo faz a viagem
Prestando sua homenagem

A Luiz REI DO BAIÃO
Tuparetama apresenta
 O ABC do Sertão,
Feira de Caruaru
O nosso Frei Damião
Sabiá, Triste Partida
O Centenário e a Vida
De Luíz Rei do Baião.

A Volta da Asa Branca
O Forró de Zé Antão
A Cauã, O Juazeiro
Vozes da Seca, O Sertão
Quem Respeita Januário
Comemora o centenário
De Luiz Rei do Baião

Tem Forró de Cabo a Rabo
Para toda região
Tem a Morte do Vaqueiro
Em Serrita é tradição
Balança a Rede Sinhá
Tem Canto do Sabiá
Com Luiz Rei do Baião.  

domingo, março 30, 2014

Preconceito e Discriminação




 O Brasil deveria ser o país a dar exemplo de igualdade, solidariedade e humanização, visto que adquiriu uma riqueza cultural quando comportou em seu seio um oceano de etnias e logicamente de variação cultural.
Contudo é constrangedor perceber que ainda não desabrochou a consciência de que é  a sua língua, sua mistura de cor que ( o torna mais belo e rico pelo modo de vestir, alimentar-se, falar, dançar, cultuar divindades e agir ) materializando uma construção elencada a partir de índios, negros e imigrantes brancos dos mais diversos países.
 É constatado que uns, nos ensinaram a afetividade; outros lições de ética (tão pouco compreendidas!) e de educação e alguns, exemplos de democracia ou tirania aquilo que veio a se transformar nessa ânsia louca por liberdade e igualdade que se foi construindo gradativamente ao longo desses quinhentos e quatorze anos. Vale ainda ressaltar que não param por aí  as contribuições recebidas de outros países e que precisam passar pelo crivo da razão. Por isso ponho-me a refletir que ideologias, que exemplos de humanização estão sendo absorvidas pela sociedade atual?
Estamos no momento assistindo a um dos mais cruéis espetáculos(é o circo dos romanos no passado) de preconceito e discriminação no país. É contra a mulher, contra o negro, contra o índio, contra os médicos estrangeiros e como se não bastasse contra os nordestinos.

 Sou obrigada a admitir um fato que em toda minha vida jamais tivera conhecimento : xenofobia como atributo de brasileiro. Tinha conhecimento de que satirizavam os índios, maltratavam e assassinavam mulheres, agrediam pessoas de etnia africana com um sem número de frases preconceituosas, de agressões verbais e até tentativas de separar a região Sul e Sudeste do Nordeste, todavia, agora a mais recente é a ojeriza demonstrada pelos médicos cubanos por determinada classe profissional. Acredito que tamanha empáfia deve-se ao fato de algumas pessoas terem deixado que o capital lhes dominem o cérebro, acredito que já não são mais donas de si mesmas,  mas escravas do materialismo que superou a capacidade humana.
 Vejo que na formação do brasileiro faz falta os estudos das obras do ilustre e saudoso GILBERTO FREIRE quando afirmava  que o negro amaciou a língua portuguesa, que fortaleceu a afetividade até quando falava "sinhazinha, nhônhô," entre tantas palavras doces que nós herdamos deles.









Sinto também ainda, por muitas pessoas não terem estudado a obra O Manifesto Comunista de Karl MARX para entenderem a selvageria do capitalismo em que vivemos a ponto de elevar o dinheiro em detrimento do homem que o submete ao extremo de trabalhar tanto e vive   matando-se  ou matando outrem para sobreviver.


 Já em relação à mulher, apesar do tempo em que foi escrito e de muitas citações ainda carregarem vestígios do preconceito contra a mulher no passado, vale a pena ler A Sujeição das Mulheres de STUART MILL, a fim de compreender a submissão histórica a que vem sofrendo e os interesses ocultos que existem por trás de toda essa polêmica. Também aconselho a leitura  da obra  Mulheres que Mudaram o Mundo de GABRIEL CHALITA importante autor que dismitificou a ideologia de gênero dentro das descobertas científicas e cujo conteúdo esclarece a significativa contribuição que a mulher exerceu e exerce na sociedade embora muitas vezes tenha sido ofuscado seu trabalho em nome de uma reputação medíocre que lhe era cobrada e até hoje  porque até hoje  posso afirmar com autoridade que a mulher só tem deveres porque seus direitos sempre foram limitados.



Sobre  o  preconceito para com os médicos a obra
As Oito Metas do Milênio bem que deveria ser estudada, talvez se compreendesse o que é ter saúde. A urgência que se tem para que se combata as doenças é devido a extensão territorial que favorece as inúmeras epidemias existentes e com carência de médicos é completamente impossível erradicá-las. Muitos médicos são necessários para que se reduza e previna  problemas emergenciais porque quando se tem saúde não há necessidade de médicos.
 Em se tratando  do preconceito para com os índios eu sugiro que se leia o livro ou assista ao filme Enterrem meu Coração na Curva de um Rio e aprenderão o significado de liberdade, democracia, lealdade e arte, pois nesse sentido o índio é e sempre foi mestre uma vez que vivencia,   conhece e ensina com maestria e  autoridade os três.

  Por último pensemos sobre o preconceito regional, como pode em um só país haver tanto desprezo com seus próprios compatriotas? Alguns estudantes sofrem até constrangimento em intercâmbios internacionais pelos conterrâneos pelo fato de serem Nordestinos e é quando  eu convido os nossos antagonistas a dar uma "espiadinha" na história do Brasil e principalmente de Pernambuco, a fim de  pelo conhecimento constatar o devido valor de um  povo que soube ser "a fonte da vida e da  história desse povo coberto de glória"(...). Mas para isso é necessário estudar: "Só isso:" conhecimento.

 É triste se assistir aos exageros do neoliberalismo, a decadência da leitura e consequentemente do conhecimento, pensar se tornou exercício de poucos. O neo tecnicismo tem formado homens-máquina e lobos solitários que riem sozinhos diante de um What'sapp e se isolam na multidão num silêncio de morte porque o resultado é sempre uma depressão e um suicídio.
 O que será mesmo isso, esses misantropos são diferentes dos antigos? Aqueles se fechavam ao contato com o mundo, mas buscavam o conhecimento, embora só servissem para alimentar o próprio ego;  esses se fecham e não usam o conhecimento para humanizarem sequer a si mesmos, vivem fechados feito ostras, medrosos e mau humorados.
 Necessário se faz que mudemos esse quadro deprimente, mas mudemos com amor e embasados por aqueles que gostariam de ver nossa sociedade mais justa e igualitária, o que só será possível quando dermos um basta ao preconceito e à discriminação.


  



segunda-feira, março 24, 2014

Existir ou não existir?

         
          Existir ou não existir vão sempre se confrontar, porque para deixar de existir é só existir. Portanto, só  deixa de existir aquilo que já existe.
E o espírito? Este pré-existe e re-existe não chegando nunca a ter fim, logo não existir não existe. Complicado? Nada. Essa questão de duvida se aplica apenas a tudo que é material, porque o espiritual se explica por ele próprio. E agora eu me pergunto: Por que choramos quando alguém deixa o invólucro material ou está prestes a isso. talvez porque ignoramos a essência das coisas. Há muito a ser compreendido nesse universo tão pouco conhecido.