sábado, março 10, 2012

A SETA E O ALVO


Paulinho Moska, Nilo Romero

Eu falo de amor à vida
Você, de medo da morte.
Eu falo da força do acaso
E você de azar e sorte.

Eu ando num labirinto
E você, numa estrada em linha reta
Te chamo pra festa
Mas você só quer atingir sua meta
Sua meta

É a seta no alvo
Mas o alvo, na certa, não te espera.

Eu olho pro infinito
E você de óculos escuro,
Eu digo "te amo"
E você só acredita quando eu juri

Eu lanço minha alma no espaço
você pisa os pés na terra
Eu experimento o futuro
E você só lamenta não ser o que era
E o que era?

Era a seta no alvo
Mas o alvo, na certa não te espera

Eu grito pra liberdade
você deixa a porta se fechar
Eu quero saber a verdade
E você só pensa em não se machucar

Eu corro todos os riscos
Você diz que não tem mais vontade
Eu me ofereço inteiro
E você se satisfaz com metade

É a meta de uma seta  no alvo
Mas o alvo, na certa, não te espera
Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada
Quando se parte rumo ao nada?

Sempre a meta de uma seta no alvo
Mas o alvo, na certa, não te espera
Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada
Quando se parte rumo ao nada?

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