sexta-feira, agosto 17, 2012

UMA PALAVRA

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Tem gente que se preocupa com a perda de emprego, outros, com as eleições, enquanto outros estão a se preocuparem com as contas sem pagar, ou mesmo com a perda do namorado(a) ou até com o parente que está doente ou desencarnou. O que eu acho mais que justas tais preocupações, porém alguém se preocupar com a menção de uma palavra? Pior que este fato ficou a martelar na mente. Quanto pensa que  acabou, lá vem a maldita.
Tal palavra poderia até preocupar menos, se não fosse a presença anteposta do advérbio de negação. Esse danado deixa sempre aquele quê de negatividade que chateia, diminui, acabrunha.
Esta intrigante palavra que tem tirado o sossego, o sono e feito refletir muito, caro leitor, é NORMAL,  ela tem apenas seis letras e seis fonemas e duas sílaba, porém conseguiu me intrigar.
Imagine-se ouvindo inesperadamente alguém perguntar:"Provavelmente no seu dia a dia você não é uma pessoa normal. Deve  ser uma pessoa muito agitada..." Certamente você se calaria e pensaria: se ser agitada é ser anormal, eu sou realmente anormal e junto comigo muitas outras pessoas.
Mas a constatação feita piorou a situação. Outras reflexões surgiram, uma do ponto de vista clínico, outra do ponto social. O que é ser normal nos dois pontos de vista?No primeiro, seria sem nenhum problema de saúde. Do segundo seria falar tudo e fazer tudo conforme o esperado? Aceitar tudo sem reclamar, ser bonzinho, previsível.
Diante dessa reflexão olha que me surge a palavra acrescida de mais uma sílaba  e um fonema A-NOR-MAL e a conclusão, embora a contragosto, eu sou mesmo anormal.


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