domingo, outubro 10, 2010

Telefone

Olho-o e começo a divagar sobre sua singularidade. Quantos passos  me poupa!Quanta complicação resolve!Quantas situações constrangedoras evita. Digo evita, porque quase todo mundo é muito educado ao telefonar.
Foi realmente nobre a descoberta de Graham Bell! Bendito seja seu nascimento. Certamente ao idealizar tal invento provavelmente jamais pensou que alimentaria o sedentarismo do homem; favoreceria o namoro clandestino, principalmente entre casados; garantiria o anonimato de denúncias judiciais e até a interrupção das as principais refeições e também de reuniões e aulas.
Ah, pequenino invento (hoje bem mais desmaterializado!), porém com atribuições tão relevantes quanto comprometedoras ou danosas.
 Para alguns usuários, tem o peso do desemprego que é capaz de tirar o alimento e o poder de compra de outros bens utilitários em decorrência das altas contas. Contudo, das viúvas já espoliadas como dizia Jesus, tira até o amor. Aliás, o dito popular já confirma, quando a desgraça entra pela porta, o amor foge pela janela e se já são espoliadas o que mais lhes resta? Não tem nada mesmo!
Também ainda há muitas outras perturbações causadas pelo telefone. Planejar fuga de penitenciária, arquitetar planos de assaltos, clonagem, roubar firma, são inúmeros os atentados contra ao pudor e a docência. Não resta a menor dúvida de que são inúmeras as utilidades! Contudo, parece que os agravantes se sobrepujam a elas, pelos danos que causam.
Como seria bom se houvesse mais humanização! E se ao invés da aplicação das descobertas científicas para fins ordinários, as aplicassem para melhorar e dignificar a vida. Estas certamente eram as intenções do idealizador, que provavelmente estará a inquietar-se amargamente no mundo espiritual neste momento pelos fins que vem tomando sua descoberta.


Nenhum comentário: