quarta-feira, outubro 06, 2010

Os Testes da Vida

Na vida existem três testes, nos quais nunca tiramos 10: O teste da convivência familiar,   o da matrimonial e o da  trabalhista.Se nunca somos aprovados , é porque   exigem fortes doses de   paciência, abnegação e acima de tudo, amor.
Entre todos os testes, os familiares são os que mais nos atingem, visto que estão diretamente ligados aos entes nos quais depositamos maior confiança. Porém, permita-me o leitor um aparte, aprendi em muitos anos de existência que neste campo é que se inicia as mais fortes batalhas e por isso temos de treinar a contenção a fim de que não possamos cometer enganos ou atos que possamos nos arrepender por toda a vida como: agressões verbais ou físicas ou entrigas em decorrência de críticas ou ironias feitas de modo  intencionaldentro de casa, mas devemos lembrar que é somente a famíla quem está sempre conosco nos momentos difíceis.
 Quando falamos em dificuldades vale consultar as origens, as quais se encontra-se quase sempre  na disputa infundada do afeto, atenção e amor que os pais tem por seus filhos. Afinal desconheço competição maior que a travada entre irmãos por puro ciúme dos pais. Fato que bem poderia ser extinto se ao invés de deixar crescer sem poda o egocentrismo, deixasse desabrochar ou ensinasse o bom senso e o sentimento de coletividade e o amor aos filhos.Certamente todos sentir-se-iam amados e tais problemas seriam sanados.
Analisemos agora os matrimoniais. Este, porém, vou chamar de aniquilador: o matrimônio, o acasalamento, o teste do relacionamento com o sexo oposto como são chamados, exige uma forte dose de amor a si mesmo, caso contrário estaremos condenados a derrota ou a desistência da vida em favor dos outros, fato que em nenhum momento faz com que sejamos amados. tolo mesmo é quem pressupõe que ameaça de suicídio leva ao amor ou a volta quando termina-se um relacionamento.
Nada irrita mais ao ser amado do que alguém ameaçar suicídio por sua causa, e sempre que há uma tentativa, ao invés de voltar, o causador afasta-se mais. Afinal ninguém é dono de ninguém.
 Muitas pessoas já sofreram pressão para serem amados, ou para conseguirem segurar alguém junto a si, porém eu me pergunto,: Vale a pena o corpo junto e a  cabeça por longas distâncias?  Sem esquecer que a pressão que se faz para ser amado possui  poder de libertação tão intenso que chega a fazer com  que aquele que se está sentindo pressionado nos esqueça. Ninguém ama ninguém pela pressão, porque o amor é um sentimento espontâneo, brota onde quer e parte quando deseja.
Ainda quanto ao relacionamento a dois,percebe-se que nele há uma força,  uma espécie de sucção capaz de retirar do seio doméstico a criatura para o domínio e a subjugação sentimental.Tão forte é esse laço, que ambos ou um dos dois principia a conceber-se inferior ao outro. E, nessa atitude de exposição intima,  muitas vezes originam-se sentimentos de insuficiência, de inferioridade, de amor próprio ferido, principalmente se não se sente plenamente correspondido ou quando se vê trocado por alguém que nem sequer  possui qualidades superiores as suas. Este teste também dá reprovação e confirmando vamos analisar a quantidade de relacionamentos atualmente que tem se desfeito e tudo porque a convivência está cada vez mais difícil e o fator compreensão quase extinto, porque casamento requer muita abnegação para resistir. 
Reflitamos agora sobre o último teste, o profissional. Não conheço outro que exija mais diplomacia, porque as dificuldades surgem quase sempre em decorrencia dos miasmas de defeitos acumulados na infância, os quais, resultando em  frustrações, traumas e inseguranças crônicas  adquiridas ao longo da jornada  que se vão configurar  em  baixa estima, complexos de inferioridade e egoísmo. Tais fatores quando aparecem no ambiente de trabalho são terríveis! Transformam-se em ações avassaladoras contra colegas, levando-se a  esqueçcer a ética e procurando muitas vezes prejudicar de todas as formas o semelhante.
São estas, criaturas que em suas cabeças doentes de inveja consideram outras superiores a si próprio. Tal obsessão o impede até de sentir  prazer com os sucessos. Visto que seu olhar jamais se volta para saborear suas vitórias tão obsecado encontra-se em viver a vida dos seus supostos inimigos.  Destes, devemos mesmo é ter piedade, porque é miserável mental e emocional. Sofre para arquitetar planos prejudiciais ao próximo e sofre por não enxergar seu potencia.
 essa espécie humana, se é que se pode chamar de humano, que muitas vezes procura superar os outros tentando prejudicar àqueles que ele próprio elegeu como superior que quando ocupa posição de destaque em qualquer atividade no ambiente de trabalho, nem percebe. Vive a vigiar a fama alheia e amargurar-se por julgar-se imcompetente.  Este  é um teste constrangedor e lamentável. Nele passa pelos terrores do "inferno" o inocente perseguido  e definha  o perseguidor através  das amarguras emocionais provocadas pela dor da inveja.
Enfim, depois de levantados todos os agravantes sobre os testes da vida ainda é possível apontar soluções que resolvam todos os percalços: reconhecer que os supracitados existem e que podem está dentro de nós mesmos e avaliá-los como doença emocional que deve ser combatida desde tenra idade, porque na verdade tais agravantes  são filho do egocentrismo não combatido na infância.
Contudo,  se não conseguirmos efetuar as mudanças necessárias e formos reprovados em algum desses testes é necessário que participemos de um processo de reaprendizagem que nos mostre através do' quem sou, como estou, onde estou' a fim de que se  reconheça, pois certamente  tudo que nos reprova na vida será superado. Afinal nos testes da matemática da vida é mais fácil tirar zero do que dez, quando não se aprende a conviver, a abrir mão,a aceitar as limitações alheias, visto que tudo isso significa exercícios de amor, tão necessários, mas pouco usados na atualidade. 

Nenhum comentário: